quinta-feira, 10 de junho de 2010

Seja!

Tu és o que é?
Quem mais poderia ser o que você é?
Tu és o que é?
Quem mandou? Quem pediu? Que você, fosse o que é?
Tu és o que é?
Quem? O quê?
Quem te obrigou a ser o que é?
Tu és o que é? E sendo, seria o que desejaste ser? Ou tu és, o que desejastes ser?
Tu és mesmo não sendo, e sendo. Então seja.
Seja algo, seja o que é, seja quem tu és.
Tu és, o que é?

terça-feira, 1 de junho de 2010

É preciso mais.


É preciso pouco. Mas de pouco, certas coisas é preciso mais.
Preciso é: uma troca de olhares, meio insinuativos, um pouco provocativos, muito sinceros e de um ar delicado.

Preciso é: que haja graça, não muita, pouca, mas que haja.

Um leve senso de humor é ótimo, inteligência precisa, sem tornar nada céptico, mas afrodisíaco e misterioso.

É preciso malícia com sensibilidade, é preciso um toque, e um desejo recíproco, uma voz ténue e firme, um beijo muito mais que desejável, línguas na tentativa bilateral de serem únicas.

Desejo respeitoso de desrespeitar.

É preciso querer se libertar de tudo e se prender a tudo que o momento envolve.

Não basta querer, é preciso sentir, desejar, não entender o porquê, pois é mesmo quando se parece ter tudo, se um pouco do que devia ser muito, não há, será preciso mais.