quarta-feira, 14 de abril de 2010

Aqui e Agora.


Agora e aqui parece triste, frio e vazio.Ontem não senti isso, mas muitas vezes parece que sinto todas as coisas do mundo, parece que tenho todas as sensações.

O metódico não me atrai, e na verdade as regras me desestimulam. Eu queria poder ser livre, porque somos livres, mas não podemos sê-lo, na verdade, somos mais que prisioneiros, e eu, sou uma prisioneira. Há mais em mim do que está no retrato, e nos textos que escrevi, há mais em nós do que nos obrigamos a ser, pois somos na verdade o aceitável que exactamente nos obrigam, mas queria eu, tanto ser mais que isso!

Presa aqui. Onde estou agora é meio frio e até sórdido, mas eu me prendo aqui, pois saindo daqui, eu por obrigação vou me prender em outro lugar.

Queria poder ser livre! Mas liberdade não é desse mundo.

domingo, 4 de abril de 2010

Sofre-se.


Na obrigação de ser feliz, as vezes sofre-se.
Obrigatoriamente o sofrimento vem, mesmo que involuntário, lá está ele, como uma causa, até do bem que se pretende fazer. Em nome do amor, em nome do bem estar, e da amizade, e do profissionalismo, e do objectivo a ser alcançado, seja qual for... vale o sofrimento?

Ele vem como culpa, como dúvida, como dor, como vazio, como angústia, como cansaço, mas vale, se traz o fim da busca, deve valer, já que não paramos de arriscar, de amar e lutar. Depois do sofrimento a alegria, ou a alegria e depois o sofrimento, depois da dor, o amor, depois do amor a dor, no meio deles, antes ou posterior: satisfação, deduzi-se então: que é bom sofrer ou simplesmente preciso.


Como dizia Goethe: O ser humano tem muito mais desejos que necessidades.


Aurilene Costa.