terça-feira, 1 de março de 2011

No olhar.


Na boca. No olhar. Mais que de repente tudo mudou. Eu não me encontro mais em casa, vivo fora, fora de mim. Meu quarto está vazio, meus perfumes mais usados, minhas gavetas bagunçadas, as calcinhas penduradas, os pares de minhas sandálias estão trocados e tenho usado os meus melhores vestidos.

As horas passam, horas vagas, horas que desejo passar devagar pra ver se vivo de menos, afim de viver mais.

Há poucos fatos a narrar, e eu mesmo não sei ainda o que estou denunciando... não sei o que venho sentindo, não há nada muito explicável, só sensações que expressam mais que as palavras que antes eu usava com bem mais exatidão. No meio de uma confusão, de uma ilusão, "prazerando num devaneio" concluo não caber mais no corpo minha alma apaixonada.

2 comentários:

Lenuzia disse...

Esse é um relato de uma mulher verdadeiramente apaixonada, perdi minha marida snif snif snif snif...

Marcos Paulo Souza Caetano disse...

A gente se denuncia sem nem saber denunciar.

Um abraço, sempre bom aparecer por aqui.